Como contratar um treinador para minha equipe? Já tentei de tudo e não consegui,o que fazer?

A TZ traz uma reportagem para tentar esclarecer essas dúvidas e ajudar aqueles que ainda não conseguem trazer para sua equipe aquele treinador que falta para o bom desenvolvimento de seus jogadores. Todo o texto de apoio desta matéria foi retirado no post do ManagerZone Talk, intitulado "Como contratar técnicos Fácil", de 24/09/2008 e foi muito útil na época. Duas “técnicas” foram as mais badaladas e a TZ traz elas para você, caro leitor, testar em seu clube.

Técnica 1, por tiagosilva

BÔNUS DE CONTRATO
Subtraia o maior valor pelo menor, divida o resultado por 5, multiplique por 3 e some ao menor valor. O resultado é o que você deve oferecer ao técnico.
Ex.: Se ele pede um bônus de 10.000 a 16.000, faça 16.000 - 10.000 = 6.000. Esse valor, dividido por 5 = 1.200. E 1.200 vezes 3 = 3.600 mais 10.000 = 13.600 > Este é o valor exato a oferecer, nem mais nem menos.

OBS: Se ele não exigir bônus de contrato ofereça 1 real de bônus; isso mesmo, apenas 1 real.

SALÁRIO
Faça o mesmo cálculo citado acima em bônus de contrato, nem mais nem menos.

DURAÇÃO DO CONTRATO
Adicione 7 semanas ao menor valor.
Ex.: Se ele pede um contrato de 18 a 33 semanas, ofereça 25 semanas, nem mais nem menos.

OBS: Sempre que o técnico pedir mais dinheiro para acertar o contrato, faça uma nova proposta sem mudar nenhum valor que automaticamente é acrescentado 1 real no bônus e no salário dele, ou acrescente muito pouco.

Técnica 2, por cuiabano

Procure sempre treinadores com bônus de contrato com o valor mínimo ZERO; vamos usar este exemplo:

Bônus de contrato: (0 - 2 700 R$)
Salário: (22 500 - 33 900 R$)
Duração do contrato: (6 - 18 semanas)

Vamos ao procedimento:

1ª Oferta
Bônus de contrato: Ofereça sempre no bônus de contrato o valor de 12 reais; automaticamente esse valor vai ter o acréscimo de 1 real e subirá para 13 reais, isso não tem problema.

Salário: Ofereça 2 mil acima do mínimo que ele pede. No nosso exemplo, se ele pede 22.500 você vai oferecer 24.500. Não importa quanto é o mínimo, você sempre tem que oferecer 2 mil a mais do que ele pede.

Duração de contrato: Ofereça 3 semanas a mais do que o mínimo que ele pede; no caso, ofertaríamos 9 semanas.

2ª Oferta
Bônus de contrato: Não se esqueça de sempre ajustar para 12 reais! Se você não fizer isso, quando for alterar os valores salariais, o que antes estava marcado como 13 reais aumentaria para 14 reais. Portanto o ajuste dos 12 reais em cada etapa da negociação é importante.

Salário: Ofereça agora 1 mil a mais do que você propôs na 1ª oferta; ou seja, 25.500.

Em duração de contrato não precisa alterar nada!

Lembre-se que pode acontecer de não conseguir nenhum treinador nas primeiras tentativas, mas eles sempre irão chegar até a 3ª fase!

Muitos testes foram feitos, alguns sem eficiência, mas na maioria das vezes foram positivos. Uma coisa que pude perceber ao ler todo o tópico é que, para a 1ª etapa, a “técnica do cuiabano" é mais eficiente e na 2ª e 3ª a do tiagosilva se mostrou mais satisfatória.

Uma coisa é certa: com a mudança nos métodos de contratação de técnicos, as admissões dos mesmos ficaram mais difíceis e com essas “técnicas”, as coisas ficaram mais amenas e, no geral, quem experimentou ficou satisfeito. Recomendo a todos que ainda tem dificuldade de contratação e também aos que se interessam pelo assunto que leiam na íntegra as opiniões e comentários no post do Talk ”Como contratar técnicos Fácil”, e se fizerem testes com as técnicas postem os resultados por lá.

Não podemos deixar de agradecer aos amigos tiagosilva e cuiabano, e também a todos que escreveram naquele tópico pela ajuda que deram a toda a comunidade do MZ.

...EM QUE EU DEFENDI

Era uma noite quente de verão. Cheguei na porta daquele clube pensando em como seria minha vida dali pra frente. Aliás, como seria minha vida toda, pois eu saí dos bancos da CREW com 15 anos e antes disso nada tinha ocorrido de excepcional.

Bati na porta e esperei, mas ninguém atendeu.
- Já devem ter fechado - pensei.
Eram 9 e meia da noite, meu voo havia atrasado devido a complicações com o embarque e não era hora de clube de futebol ficar aberto. Eu chegara como juvenil num clube de quarta divisão e logo no primeiro dia já batera com o nariz na porta... Mas observei ao redor e encontrei uma pequena placa no portão dizendo: "Entrada de juvenis, favor usar porta dos fundos". Fui até lá e encontrei um serviçal lavando a calçada. Ele me deixou entrar no clube e me alojei junto com os outros juvenis, que ainda estavam acordados.

No dia seguinte, pela manhã, começaram os treinamentos. Como todos os outros, não nos comparávamos à qualidade dos profissionais e tínhamos que treinar pesado. O técnico me identificou logo para a posição de goleiro, e já treinava Defesa a Gol.

O tempo foi passando e eu ganhando bolinhas nos atributos, até que me tornei profissional. Fui vendido, pois não era considerado bom o suficiente para jogar nesse time. Pelo menos conseguiram um valor alto em mim... No meu segundo time, fui bem recebido e continuei treinando e jogando como titular.

Era um jogo decisivo. Valia o título da sexta divisão, justamente na última rodada. A vitória estava ao nosso lado até os 30 do segundo tempo, ganhávamos por 2-1, até que houve um pênalti contra o nosso time. Jogávamos em casa e a pressão no juiz foi muito grande, mas ele foi irredutível. Gelei a espinha, pois agora a pressão estava do meu lado. Eu contra o artilheiro da sexta divisão (enfrentávamos o segundo colocado ainda). A torcida gritava o meu nome em coro, estádio lotado, "Rodrigo, Rodrigo, Rodrigo!".

O apito foi ouvido, e ele partiu para a cobrança. Eu suava frio, cada momento parecia uma eternidade. Confiei no meu instinto, fechei os olhos e caí para a esquerda, no alto. Estava tremendo, meu coração pulava, e eu não sentia nada, nem ouvia nada. Era agora ou nunca. Eu caí no chão e me conservei assim por alguns segundos, até voltar a mim, quando ouvi o berreiro da torcida, e meus colegas vieram me abraçar.

"Você conseguiu!! Você defendeu!!" era o que eu escutava. A bola havia batido em minhas mãos e ido para escanteio. Era o momento da minha vida. O jogo terminou e nos consagramos campeões. A torcida em coro gritava meu nome; saiu até manchete nos jornais e eu era considerado herói. Depois disso, na temporada seguinte, o dirigente vendeu muitos jogadores do time, pois a ganância por dinheiro tinha subido a sua cabeça, e eu estava entre os que foram vendidos.

Agora, com 26 anos, consegui alguns títulos mais em minha carreira, mas nunca vou esquecer daquele momento em que eu defendi o pênalti.

Por luime
Luís Guilherme

Espero que todos que responderam a nossa última enquete tenham lido a matéria sobre estádios. Dos mais de 200 votantes, 60% garantem que seus Templos do Futebol estão dentro do padrão, já os que estão com os números errados, nós sabemos que a culpa é daquele rebaixamento que veio de surpresa e o estádio está é pronto pra quando voltar a brilhar na divisão acima :)